31 de mar. de 2011

Ouvi e Recomendo #3

Existem artistas desconhecidos, que valem a pena ser ouvidos...
Nesses dias, tive a oportunidade de presenciar e tocar com um destes, que além de possuir uma bela voz tem composições muito intrigantes e cativantes.

Danni Distler é compositor, cantor, produtor e instrumentista. Aprendeu violão aos 7 anos com um chileno foragido da ditadura em seu país. A partir disso desenvolveu seu próprio estilo de tocar.


Em 2000 lançou seu primeiro cd solo “Soul Brasileiro” que teve pouca divulgação. Em 2003 grava o cd “ Deixa o sol raiar” mas este não chega a ser lançado. Participou de algumas coletâneas ainda neste período.
Volta com um novo trabalho somente em 2006, lançando a música e o clipe “ Funk do Borel”, em parceria com Pedro Rocha da Jocum Rio de Janeiro. Também o Ep “Paratodos” com sua nova banda MISTERDISTLER. Em 2007 lança com a MISTERDISTLER o EP virtual “viver coisas novas” com 4 músicas para download gratuito. Ainda no mesmo ano participa do Cd “Só pra dizer” da Jocum -Vila do Louvor.

A banda acaba em 2008. Danni Distler segue carreira solo. Em 2009 lança o Cd “Café na cuia”, em parceria com Beto Tavares. Também relança “Viver coisas novas” com mais 5 músicas inéditas, agora no formato Cd.

Em 2010 lança o ousado projeto virtual “Proibido para pessoas perfeitas” para download. Danni Distler usou e abusou da criatividade e coragem nesse projeto para gravar as músicas usando apenas um programa chamado “Garage Band” da Apple. (Para fazer o download clique aqui)

Sua música é inconfundível. Sempre com letras reverentes e relevantes, procura através de seu trabalho falar desde o cotidiano até as mais profundas agruras e filosofias do ser humano.

O mais interessante deste artista em particular é que ele, apesar de cristão e atuar no meio gospel, possui músicas cristãs, não cristãs... (heim?)
Ele consegue compor de uma forma em que seu louvor fica subtendido, podendo ser confundido ou interpretado pelo ouvinte como algo "secular".

Seus temas variam do cotidiano ao sagrado, com muitas composições lembrando a MPB dos violões...

Enfim é isso
Até!

#Ouvindo Burn Halo - Save Me

20 de mar. de 2011

Hey Soul Sister...

Voltando a série sobre movimentos musicais, temos a música que cresceu com as experiências do negro na América...

O Soul...

Todos, pelo menos já ouviram falar do Sr.Dinamite, O padrinho do Soul, uma das figuras musicais mais notáveis do século 20, James Brown...


Mas de onde surgiu o que o consagrou? Como o soul cresceu e se desenvolveu na história?

O soul, musicalmente falando é uma mistura entre a música gospel americana (que não tem nada haver com a música gospel brasileira...) e o R&B (rhythm & blues). Além disso, o soul possui características próprias, como a interação com um coral, "perguntas e respostas", geralmente acompanhadas de palmas em grupo dando um ritmo mais dançante, e caracterizando a música como algo a ser dançado e curtido.

Outra característica marcante são os movimentos repentinos, que casam com o improviso vocal e comportamental dos interpretes.

A origem do soul remonta o começo da década de 60, porém seu início se deu em 40 quando grupos de gospel a cappella serviram de inspiração para o soul.
O termo soul, só começou a ser utilizado para descrever o "gospel secular" no começo de 60 e como quase todo gênero musical relacionado aos negros nos EUA, onde já aconteciam protestos, pregava uma sociedade racialmente igualitária.

Se James Brown era o rei, Ray Charles foi o inventor...Foi ele que começou a mistura de estilos que culminou no soul...
Jazz, gospel, R&B... Enfim muito foi misturado até a mistura ficar boa (não que tenha sido algo proposital...) a ponto de nascer o soul.

O soul cresceu e se desenvolveu, criando subgêneros. Estes variam em região, gravadoras, raça dos componentes do grupo, etc... Vou destacar 2 que achei particularmente interessantes...

Neo Soul é um subgênero influenciado pela black-music dos anos 70 que incorpora o funk, hip-hop, jazz e ocasionalmente, house music.
The Fugees (1996), em sua regravação de Roberta Flack - Killing me Softly (1970)


O soul psicodélico foi o casamento entre o rock psicodélico e o soul, mais tarde originando o funk, e ainda mais adiante o disco... Pode-se dizer que foi o encontro de Jimmy Hendrix com toda a sua psicodélica e o soul de James Brown...
Sly and the Family Stone - I Want to Take you Higher


Enfim acredito que tenha passado apenas um pouco de tudo que o Soul foi e continua sendo. Para quem quer saber mais, clique aqui, e para uma lista de artistas relacionados ao genero clique aqui.

Até a próxima!

#Ouvindo New Politics - Dignity

14 de mar. de 2011

Insônia, Poesia...

Mais uma noite de insônia
Mais uma noite sem dormir
Pensamentos soltos ao vento
Que em um momento
Podem não vir

Mais uma noite de insônia
Com as janelas abertas
E minha mente incerta
Parece não ajudar
Já que o tempo está a ruir

Mais uma noite de insônia
Com os dedos no teclado
E o corpo tão cansado
Realmente fatigado
Não se deixa repousar

Mais uma noite de insônia
De olhos fundos, tão profundos
Poço de exaustão, cheios de solidão
Fazendo uma canção
Procurando alguém para acompanhar

Mais uma noite de insônia...

#Ouvindo Kamelot - Moonlight

10 de mar. de 2011

Fãs e Admiradores...

Hoje, vou sair um pouco do tópico dos movimentos e vou escrever sobre algo que tem me chamado a atenção já a um tempo...

Os fãs obcecados/cegos/incondicionais.

Todo artista gosta de ter uma legião de fãs, isso é óbvio, porém eles esperam que esses fãs não sejam alienados ao ponto de simplesmente ficar satisfeitos com qualquer música/composição deles. Eles provavelmente querem pessoas "pensantes" que possam opinar sobre os seus trabalhos. (Beleza, alguns deles só querem te alienar... mas os artistas sérios querem quem os suporte e opinem para contribuir com suas carreiras...)

Alguns deles já falaram sobre fãs, agradeceram-os, ou divagaram sobre o comportamento dos mesmos...

Como exemplos, temos: o Eminem, a banda virtual Dethklok, Korn, Ozzy Osbourne, Kings of Leon, Artic Monkeys e Metallica.

Achei um texto muito interessante e bem semelhante ao meu. (Clique aqui para o texto), e o mais legal do texto foi o fato de que minha opinião é a mesma de outros, portanto não posso estar tão equivocado (se estiver...) quanto a esse assunto tão controverso, como vi nos comentários do blog que postou o texto...

Por algum motivo as pessoas (não os artistas) estão cada vez mais fechadas para opiniões e críticas. (mais uma vez, construtivas) Não sei quantos de vocês são como eu que, ao invés de vagar no orkut, vagam no youtube e param para ler alguns comentários nas postagens de vídeos. (quando der leia alguns, mesmo que sejam em inglês...)

Têm cada coisa estranha e sem noção, que paro para pensar como algumas dessas pessoas vão viver em sociedade. (se é que vivem) Não gostar de algo (fígado, por exemplo, odeio fígado...) é algo natural, porém muita gente vê isso como anomalia... Muita gente utiliza os botões "Gostei" (Like) e "Não Gostei" (Dislike) para avaliar os vídeos/músicas/artistas e alguns fazem piadas sobre aqueles com uma opinião contrária... que são até bem engraçadas de um certo ponto de vista... mas que acabam por denegrir a imagem de quem expressa determinada opinião através do supracitado botão, além de denegrir a própria imagem...

Engraçado mesmo são aqueles que abrem a "caça á alguém" (ou a um gênero), na qual fazem um discurso para pessoas que gostam do que ele gosta, encorajando-os a sacanear com outros gêneros e artistas que não pertençam ao gênero que ele ou eles promovem...

Pois é...

Um tipo de xenofobia está à solta...
                                                                                                 ...e não sei como isso pode acabar

                         Vamos tentar abrir nossas mentes, afinal é o que podemos fazer...

8 de mar. de 2011

Vi e Recomendo #3

Estranho como a inspiração funciona na mente humana, do nada, nos deparamos com algo que nos impulsiona para criar uma ideia, que se desenvolve e vira um post...

Antes de mais nada, gostaria de desejar a todas as moças, mulheres, meninas, garotas, senhoras, etc, um feliz dia da mulher... vocês são tão importantes para nós, afinal não nasceriamos sem vocês. Não que a magnitude da mulher se resuma a isso, mas a capacidade de geração sem dúvida é o que as faz ser o que são...

De volta ao assunto...
O que trago-vos hoje é um clipe da banda de indie rock de Nova Iorque Matt and Kim cujo nome é "Cameras"

Em termos líricos a música trata, aparentemente (não tenho certeza...), de jovens que decidem se aventurar, saem de casa, encontram dificuldades (que são mostradas na letra quando é dito que o cimento é uma cama) e que morrem em um acidente de carro com amigos... Aqui o ponto central é que não devemos ter cameras para registrar tudo. Devemos ter nossos olhos gravando tudo, pois não temos tempo, já que vamos todos morrer um dia...Então assistam




Ok, a letra não tem muito haver com o clipe ou até com música, já que a música é alegre e cativante...

Agora o que me fez pensar mesmo foi o clipe em si:

Tudo começa com um acidente! Quantas vezes não nos deparamos com algo semelhante em nossas vidas? Brigamos, discutimos, tudo por causa de algo insignificante, que poderia ser resolvido de uma forma muito mais simples:

Diálogando...

Mas aí, quando acreditava que não teria mais nada para ser comentado, eles fazem um "tag-team" para brigar com os outros...

Acho que este é o verdadeiro espírito de banda, grupo...(Todo mundo briga e se bate, mas só podem bater-se entre sí...) que muitas vezes é levado para as outras relações interpessoais.

Enfim, se matem...

...mas se unam novamente para continuar o trabalho de vocês pararam...

#Ouvindo Hans Zimmer - Cry

2 de mar. de 2011

Cover da Semana, recomendo...#1

Obrigado!

Sim!

Obrigado a todos que tem me dado apoio e servido de incentivo para eu continuar este "trabalho" (que para mim é extremamente prazeroso...)
Continuem (ou comecem...) com seus comentários, porque, para mim, não há nada mais gratificante do que ler críticas (construtivas, como já tive a oportunidade discutir) e os elogios de vocês leitores...

Quando criei o blog, o meu pensamento era o de apresentar (e também conhecer) "novas bandas", então a colaboração de vocês é a essência do meu blog, especialmente no que diz respeito a bandas "desconhecidas". Não achem que a citação das mesmas será em vão, pois eu, no que diz respeito à música, ouço tudo que me recomendam inclusive os japoneses Bump Chicken que já foram citados por aqui descompromissadamente...

Enfim esta semana apresento-lhes este tópico, cujo objetivo também é divulgar bandas e afins... Este tem como nome "Cover da Semana", mas, não tenho certeza se em toda semana vou fazer um post com este tópico...

Ultimamente tenho relembrado algumas músicas da década de 80 e me peguei assoviando (ou assobiando...), Maniac do Michael Sembello, um grande synth-pop da época (beeeeem conhecido...)

Então abaixo a versão original da música...

http://www.youtube.com/watch?v=5x1K5UH2nek

e ainda abaixo os dois covers que pretendo divulgar (sim, dois pois ficou difícil decidir qual o melhor...)

O primeiro da banda Firewind, que é uma banda grega de power metal que teve inicio em 1998 e possuem 7 álbuns.

http://www.youtube.com/watch?v=BmhZFV3WbDM

E o segundo da banda sul-africana Van Coke Kartel.

Foi bem difícil entender exatamente de onde surgiram esses caras, mas aparentemente ela é um projeto paralelo do vocalista da banda Fokofpolisiekar (polisekar ou FPK) François Van Coke.

http://www.youtube.com/watch?v=NyVi65d2ahY&playnext=1&list=PL29EAC6643CA1951B

Bem ouçam as duas e enviem suas opiniões, assim sendo no próximo post eu vou dizer quem "ganhou" (e para isso preciso de comentários!)

Mas o bom mesmo é que
A música dita boa não morre... "modifica-se"

#Ouvindo The smiths - This Charming Man